setembro 10, 2010

Extremos

Imaginando a indescritivel beleza da vida, deparei-me com a morte.
Sentí medo dessa desconhecida, gelou-me a espinha, não conseguir me mexer devido ao choque que sua presença me causou. Desviei o olhar tentando me esconder em outro pensamento mas já estava dominado.
A repulsa foi imediata. A negação se alastrou pela minha mente e notei que quase nunca pensava na morte. Foi quando percebi que ela sempre esteve ali, que nunca havia me dado conta da sua equivalência em magnitude e maravilha com a tão estimada vida.
A princípio imaginei que fossem gêmeas, embora totalmente diferentes.
Quando ela me mostrou sua face foi que me dei conta que ambas são a mesma.
Não consegui entender, mas ela me mostrou e entendi que fui um tolo por não ter compreendido isso anteriormente.
O sentido da vida é o temor da morte.
Vivemos com toda a intensidade e nos esforçamos em todo o nosso limite em busca da vida ou para fugir da morte?
A morte motiva a vida e a vida é o motivo da morte.

3 comentários:

  1. Muito bom! Realmente parecem duas faces de uma mesma coisa. Talvez sejam tão complementares que se liguem e se distinguam por um equilíbrio frágil, como o de uma criança que brinca de andar se equilibrando no meio-fio - a caminhada nos mantém em frente, mas a qualquer hora pode-se pisar em falso. Mesmo assim, difícil encontrar quem não tema a morte, mesmo sendo a única certeza.(q mórbido!)

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  2. Sempre digo: "Para morrer, basta estar vivo", portanto, acredito que a Vida é o motivo da morte. O medo de morrer, não me faz viver. O conhecimento, a felicidade, a intensidade é que me motivam a viver. A vida dá voltas, uma hora estamos bem, outras, nem tanto assim, mas isso é que me faz viver. Viver é estar feliz com as conquistas do dia a dia, agradecê-las e sair em busca de mais, de algo diferente, algo que ainda não tenho. Se no meio do caminho eu morrer...um dia eu volto e começo tudo de novo.

    Parabéns pelo Blog!!!
    Bj

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